E tão rápido quanto os últimos três meses haviam passado, ela se desvencilhou de meus braços e quase num salto saiu da cama. Tinha percebido mas fingi que não, podia estar com sede, uma vontade enorme de fazer as necessidades ou até com fome; afinal essas coisas não tinham hora. Tava quase voltando a dormir quando ouvi uma porta fechando com força. E lá nasceu o medo, de que talvez estivesse ido embora, e quais seriam os porquês? Era eu ruim de cama? Era eu muito apaixonado? Ou era ela a covarde? Dois minutos pensando sozinho e a trama já estava feita, ela já era a vadia que havia partido meu coração. Me levantei fraco já, havia sido uma noite agitada, e segui para o banheiro onde ouvi o som do chuveiro. - Pitxul! Pitxul! Com aquela arminha d'água me acertou o coração.