Nem se quer perguntou ou pediu. Se sentou na minha cama e me esperou, três horas depois dizia que era minha e eu dela. Mordendo-me a orelha me deixava com uma ereção e depois dava risada, mulher cínica consegue ser malvada. Minto, não era mulher, nem menina, aquele meio termo estranho que se chama moça, o suficiente por enquanto.
Chego em casa cansado, pensando em um futuro trabalho e ela já me tormenta. Manda mensagem e me conta da maneira em que gosta da bala de menta, me descreve o jantar e decorre sozinha sem eu realmente precisar ler. Mas é como Renato Russo, sempre vai ser cedo para tudo.
E então ela me empurra contra a parede e geme no meu ouvido, suspira as palavras que eu não esperava ouvir tão cedo, mas ainda assim ela me deixa sozinho esperando por um futuro que não vai me dar.
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