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Samba para o com nome de poeta

 Tinham dois olhos que encaravam a minha nuca. Eu sabia deles, sabia que queria encará-los mas ainda não tinha a coragem de tirar o rosto do travesseiro. Encarando aqueles olhos mornos eu teria que responder várias perguntas, perguntas que eu tinha medo e perguntas que tinha vergonha da resposta.
 Tomei um trago da pouca coragem que a nudez ainda não tinha levado embora, me protegi escondendo-me debaixo daqueles cobertores não-tão-desconhecidos; sou desarmada com um abraço repentino, e tendo momentos em que só se percebe, que não importa a pergunta, mas é que nem aquela música da Rita Lee que já foi dos Beatles. Ou quem sabe aquela do Caetano? Provavelmente vou acabar me perdendo em Chico, afinal a semelhança é enorme.
 Mas no fim, é apenas um Sim.

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