Pagava a penitência do meu coração caminhando de bar em bar, porém toda a estrada era feita de cacos de vidro e o dinheiro dos calçados tinham ido embora junto com a vodca barata. Era como assistir o filme da minha vida, todo o romance se entrelaçando e se apertando num nó que não desatava, somente estourou no final. E nem tive a dignidade de segurar as pontas. Mas essa é a vida de dar murro em ponta de faca. Se apaixonar pela mulher do melhor amigo, querer um emprego que paga o suficiente para ser bandido. Quase uma pária, mas com todos os perdidos, de vez em quando um anjo descia. - Oh, meu Roberto, meu nômade favorito. Me diga, porque tanto me amaldiçoa. - Ah noite, noite minha, noite da lua, dona do bordel. - Rio seco. - Juro que não é de propósito, mas você me desperta a melancolia. Nos finais de semana, a noite é a ruiva ardente de vestido brilhante; segundas, quintas, sextas e terças a dona do bordel de blazer e salto alto. Nas quartas feiras tirava folga e ves