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Mostrando postagens de outubro, 2015

Bárbara

 Não há Pôr-do-sol em Curitiba, ela escreveu num fôlego rápido enquanto esperava o ônibus na ainda vazia e nebulosa Getúlio Vargas vespertina; por mais que o sol ainda não houvesse nascido, o pensamento servia tanto para a aurora quanto o crepúsculo.   É perigoso isso, a baixa incidência de sol. Não há divisão dos turnos, o dia só é menos escuro do que a noite, o que é ideal para vampiros, mas não para garotas. It’s indeed a dangerous time for dreamers .  Teve que reescrever no celular, a caligrafia no ônibus era hedionda; guardou a caneta em um bolso específico da mochila e pegou o aparato eletrônico com pressa, afinal a inspiração era como um fôlego efêmero, poderia ir embora tão rápido quando chegou; o que era terrível para pessoas que se distraiam muito.    A tão chamada cidade dos poetas. Tivemos Leminksi, Trevisan e Perneta, mas nenhum Bandeira, Drummond, Vinicius de Moraes ou Gregório de Mattos, sem o sol para inspirá-los se sucederam bem para temas mundanos e espirituais,