- Uma bala na cabeça? Sério isso? - Aham. - Consenti, tomando mais um gole de suco. - De todas as maneiras que se tem para morrer; veneno, afogamento, eletrocutada, no sono, você vai realmente escolher algo tão clichê e prevísivel quanto uma bala na cabeça? Ok então... - Me fale a sua morte; que depois eu defenderei a minha. - Fácil, overdose. Ri, incrédula. E ele me chama de clichê, viu Pulp Fiction uma vez na vida e se acha o foda agora. Quem sou eu pra julgar? - Qual o problema? - Ele perguntou, se irritando. - Por que overdose? - Para poder ir a loucura, poder fazer, usar, dizer tudo o que eu quero e que a sociedade proíbe. Imagine a cena. - Ele vira o copo. - Você está lá, completamente chapada, rindo, pirando em todos os sentidos da palavra. É um show de fadas, alegria, glitter e unicórnios. - Unicórnios? - Eu o interrompo, segurando o riso. - Exatamente, unicórnios. Enfim, e você está lá, completamente aérea, eufórica, em êxtase... e do nada PAM! Ou melhor,