Sentada no sofá ela permitiu um suspiro escapar, havia anos já que não se sentia rejeitada desse modo. Não foi um sentimento novo porém quase pareceu como se fosse, afinal ele a pegou de surpresa. Deitou no sofá como fazia quando era mais nova, bem mais nova, quando ouvia The Pretenders no rádio e chorava por um antigo namorado. Não havia mais rock inglês e nem lágrimas na cena, mas quão diferente era realmente a cena? Ainda havia um ser humano do sexo oposto no seu pensamento e também se sentia mal por causa dele. Se levantou e saiu a andar pelo apartamento espaçoso, deu trinta passos pela sala, acompanhando a parede feita de vidro que era a janela e a porta para a varanda; portas, janelas e divisórias todas feitas de vidro, tudo isso para dar uma maior sensação de amplitude para o ambiente. Mais vinte passos pelo corredor que a porta de madeira branca separa polidamente dos convidados e entrou no quarto. O quarto cor de champanhe com detalhes em roxo e marrom, sofisticado