- Pode sair agora pai? - Vai mesmo fazer isso? - Claro, digo, já deu tempo né. - Se mudar, e casar. Tudo junto? - É. - Bem, já te disse o que eu penso. - Ele toma um gole da cerveja e olha pra trás, vendo uma foto que tirei dela. Os cabelos no rosto, lábios sendo mordidos com um sorriso. - Ela é ótima. Que ela te aguente. - Amém. Noite já, o churrasco acabou e está aquela bagunça na cozinha e na grelha. Só o quarto que está com um perfume surpreendente de baunilha que ela exala. E aquele sorriso amarelo que ela tem no sono, com uns resquícios de maquiagem ainda. Aos poucos se pega os hábitos da moça. Me deito do lado, beijo sua bochecha. Penso em acordá-la. Mas ela acorda sozinha. - Eu aceito.