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Me sorriu um sorriso pontual e me beijou com a boca de menta.

Naquele momento ele cobiçou a própria mulher. Um beijo que nenhum deles esperava que ocorresse daquela maneira foi um novo desejo despertado. Com suavidade ele roubou daqueles lábios para eles tão corriqueiros uma nova sensação. O beijo tão sempre sincronizado mudou-se. Foi desengonçado, um beijo que o primeiro beijo devia ter sido, parecia ser o último. 
Ela somente riu e foi para a ducha quente. Uma ducha íntima que ele não fora convidado. Só podia observar distante, pela fresta da porta. Viu os cabelos longos aos poucos se molharem e a ouviu cantando. Era como um sátiro observando uma ninfa. Naquele momento nada mais era sagrado. Somente ela.
 Somente se esqueceu por dois segundos em como esqueceria daquele momento de noite, quando fosse virar para o lado na hora de dormir sem desejar bons sonhos ou dar um beijo. Ninguém tem mais tempo para fantasias uma vez que cresce. Deixaremos isso para os adolescentes.

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