- Sim, doeu. Relaxa, não tenho problemas em falar se a ideia te agrada tanto. - Ela pega um cigarro e olha sugestivamente pro isqueiro em cima da mesa.
- Já passaram esses tempos garota.
- Eu sei.
Ela começa o processo metódico de acender o cigarro. Prender com os dentes, depois segurar com os lábios e só então colocar a chama no veneno entubado. Não estava com nenhum de seus batons, era estranho. Não era tão enigmática sem maquiagem, mas continuava bonita. Descruza e cruza as pernas, se apoiando em outro lado do corpo. O ritual acaba.
- Quero meus sutiãs de volta.
- E eu minhas camisas.
- Esquece, não me deu presente de aniversário.
- Esqueça seus sutiãs.
- Vai fazer o quê? Emprestar para as putas que contratar?
Jogo a sacola com as tralhas dela na mesa. Derrubo a xícara de café expresso. Ela dá uma olhada, e sorri para mim, satisfeita e cínica.
- Até os lubrificantes você devolveu. Que meigo.
Ela tira uma caixa de madeira pesada da bolsa. Uns papéis estavam lá dentro. Somente as minhas cartas e nossas fotos. A porcaria da minha coleção do Machado de Assis nunca.
- Já passaram esses tempos garota.
- Eu sei.
Ela começa o processo metódico de acender o cigarro. Prender com os dentes, depois segurar com os lábios e só então colocar a chama no veneno entubado. Não estava com nenhum de seus batons, era estranho. Não era tão enigmática sem maquiagem, mas continuava bonita. Descruza e cruza as pernas, se apoiando em outro lado do corpo. O ritual acaba.
- Quero meus sutiãs de volta.
- E eu minhas camisas.
- Esquece, não me deu presente de aniversário.
- Esqueça seus sutiãs.
- Vai fazer o quê? Emprestar para as putas que contratar?
Jogo a sacola com as tralhas dela na mesa. Derrubo a xícara de café expresso. Ela dá uma olhada, e sorri para mim, satisfeita e cínica.
- Até os lubrificantes você devolveu. Que meigo.
Ela tira uma caixa de madeira pesada da bolsa. Uns papéis estavam lá dentro. Somente as minhas cartas e nossas fotos. A porcaria da minha coleção do Machado de Assis nunca.
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