Uma cama sem lençol repleta de pequenos pedregulhos e pedaços de teto é a decoração do aposento. Uma atriz de Pulp Fiction cantando Chico Buarque me passa na mente e coloco uma camisa grande o suficiente para chegar às minhas coxas. Conto as estrelas e me sinto num filme, me deito na sujeira logo antes do banho e sinto o cheiro de reboco no lugar, logo logo eu troco de quarto e as agonias que passei aqui vão comigo, não nos esquecemos dos temores da pré adolescência tão rápido (se bem que ainda acho que tô na infância), os livros recheados de romantismo e o terror de um mundo novo. Será que cresci nesses seis anos nesse quarto? Ou só nos últimos três pelo menos? Tive um coração partido, unhas roídas, notas baixas, notas altas, livros empoeirados e cartas guardadas com carinho. O que falta?
Roupa bagunçada tem, travesseiro manchado de rímel borrado também. Vestido bonito mal cuidado com certeza. Maquiagem estragando. E ainda assim tô com os dois pés atrás pra sair desse quarto pequeno e cheio de pó, que eu escolhi porque a sacada era maior que o quarto em si. Agora que vou sair que penso em fazer horta, agora que vou pra longe que quero bem.
Acontece. Que pelo menos a rinite passe num lugar que pega mais sol.
Roupa bagunçada tem, travesseiro manchado de rímel borrado também. Vestido bonito mal cuidado com certeza. Maquiagem estragando. E ainda assim tô com os dois pés atrás pra sair desse quarto pequeno e cheio de pó, que eu escolhi porque a sacada era maior que o quarto em si. Agora que vou sair que penso em fazer horta, agora que vou pra longe que quero bem.
Acontece. Que pelo menos a rinite passe num lugar que pega mais sol.
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