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Era vidro e se quebrou.

 Não soube o porquê, mas ao vê-la pular diante de meus olhos, eu contei os segundos até ela cair no chão. Foram seis. Fiquei estática com tudo aquilo, não sabia o que pensar. Nem conhecia a mulher, que somente pulou no viaduto, sorriu, me deu um aceno e se foi. Cinco anos se passaram, eu passei no vestibular e a mulher continuou morta. Se eu tivesse falado pra ela parar, quem sabe ela poderia estar viva? Ela tinha uma filha, pelo amor de deus. Eu podia ter puxado ela, pelo menos ela só se ralaria da queda. Mas só assisti.
 Que direito tinha eu de interferir na escolha de vida dela? Ou de não interferir? Sei lá... Fardo muito grande pra uma garota de 12 anos.

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