Desligo a música e só me apoio em meu braço, o encarando tranquila. Um sorriso não-tão-discreto se forma em meus lábios e então relaxo, fechando os olhos como se fosse dormir.
- Mas você realmente acredita no comunismo?
- Meu bem, não sou utopista. Só não tenho coragem de ser negativista nesse nosso mundo.
Fecho os olhos e imagino se ele me encara enquanto faço isso. Provavelmente não, mas ainda assim sorrio, é um dia bom, está fresco e bonito, só falta um violão.
Pensei em contar um segredo, alguma coisa íntima, mas não consegui, só se foi um sorriso bobo e um assunto aleatório. E então me permito pensar em você, mas não mostro. Toda a ciranda juvenil começa de novo, só que dessa vez fingindo que é a primeira.
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