Com os olhos de bandido ele me roubava o fôlego, acreditava nas coisas que aquele olhar me prometia e jurava pra mim mesma cumprir com tais expectativas. Assei uma torta esperando a visita dele em minha morada, acendi incenso e liguei música. Dancei sozinha, o suficiente para o penteado cair e o meu rosto se suar. Me cumprimenta com um dos beijos que já tanto conheço e o recebo com o colo que ele já está familiarizado. Eu sinceramente não esperava nada daquela noite do que eu já esperava nos nossos meses anteriores.
Rimos, nos beijamos, dançamos em silêncio e comentamos da viagem que está se aproximando. Ele me pede em casamento e eu aceito.
Todos os anos prossigo com o ritual, assando a mesma torta e o recebendo com o mesmo colo, nesses mesmos braços agora já cansados de sovar pão e esfregar cortina. Ele me beija de maneira diferente, mas com o mesmo hábito juvenil e um olhar agora de mafioso que já conseguiu o que quer.
Comentários
Postar um comentário