Lá está ela. A dama fatal. O cigarro entre os lábios, sendo segurado pelos dentes brancos. Porém ninguém vê isso, porque é o vermelho de seu batom que mancha o tubo de nicotina.
A figura esguia e alta. Suas curvas atenuada pelo longo vestido negro. Não tão longo. Era longo para um vestido de verão. Acabava bem no meio de suas canelas. O chapéu branco escondia os olhos da donzela (apesar de todos duvidarem de sua virgindade). Azuis, os bem conhecidos olhos azuis-piscina. Ou verdes-mar. Não faz diferença. Eram claros e cristalinos. Contrastavam muito com o tom sempre negro de suas roupas. Ela nunca estava sozinha.
Menos naquele dia.
O funeral de um rapaz pobre do Queens. Todos sabiam daquele rapaz.
O garoto apaixonado que acompanhava a donzela até o carro. Todas as vezes que ela saia do Palace. Ninguém nunca conseguiu descobrir o que ela fazia lá.
Nem as amigas fofoqueiras de sua mãe. Isso sim foi surpreendente.
Era um rapaz bonito, morreu com vinte e cinco anos. Era a idade da donzela.
Foi muito estranho ela estar desacompanhada. Isso foi praticamente assumir que tinha algo com o rapaz. Mas ela não se aproximou do túmulo nem nada. Ficou no píer, encarando o enterro de longe. Ela não chorou, nenhuma vez.
O único momento em que ela saiu do seu metodismo de tragar, respirar fundo e limpar as cinzas do cigarro foi para olhar o mar. E nesse momento, seu chapéu caiu.
E pude ver os olhos da dama.
Os olhos mais puros que cristal. Os olhos clichês. Passei o funeral inteiro encarando-os. Esqueci de meu irmão sendo enterrado.
E ela se aproximou, sorriu. Me cumprimentou. E me fez uma oferta que não pude recusar.
Comecei a acompanha-lá todos os dias que ela saia do Palace. Sem perguntas. Só conversaríamos se eu tivesse assunto. E ela poderia ou não me beijar.
Me pagaria cinco dólares por dia.
No final de um mês. Ela me beijou.
Nesse dia, me pagou mais vinte.
A figura esguia e alta. Suas curvas atenuada pelo longo vestido negro. Não tão longo. Era longo para um vestido de verão. Acabava bem no meio de suas canelas. O chapéu branco escondia os olhos da donzela (apesar de todos duvidarem de sua virgindade). Azuis, os bem conhecidos olhos azuis-piscina. Ou verdes-mar. Não faz diferença. Eram claros e cristalinos. Contrastavam muito com o tom sempre negro de suas roupas. Ela nunca estava sozinha.
Menos naquele dia.
O funeral de um rapaz pobre do Queens. Todos sabiam daquele rapaz.
O garoto apaixonado que acompanhava a donzela até o carro. Todas as vezes que ela saia do Palace. Ninguém nunca conseguiu descobrir o que ela fazia lá.
Nem as amigas fofoqueiras de sua mãe. Isso sim foi surpreendente.
Era um rapaz bonito, morreu com vinte e cinco anos. Era a idade da donzela.
Foi muito estranho ela estar desacompanhada. Isso foi praticamente assumir que tinha algo com o rapaz. Mas ela não se aproximou do túmulo nem nada. Ficou no píer, encarando o enterro de longe. Ela não chorou, nenhuma vez.
O único momento em que ela saiu do seu metodismo de tragar, respirar fundo e limpar as cinzas do cigarro foi para olhar o mar. E nesse momento, seu chapéu caiu.
E pude ver os olhos da dama.
Os olhos mais puros que cristal. Os olhos clichês. Passei o funeral inteiro encarando-os. Esqueci de meu irmão sendo enterrado.
E ela se aproximou, sorriu. Me cumprimentou. E me fez uma oferta que não pude recusar.
Comecei a acompanha-lá todos os dias que ela saia do Palace. Sem perguntas. Só conversaríamos se eu tivesse assunto. E ela poderia ou não me beijar.
Me pagaria cinco dólares por dia.
No final de um mês. Ela me beijou.
Nesse dia, me pagou mais vinte.
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