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Lucro de Cinquenta Centavos. - Prólogo

 Não é tão simples como pensam. A maior probabilidade é que nem pensem que é simples. Porque não é. Entenda, não basta ter uma fabricadora de tabaco no seu nome. Tem que arranjar um jeito de conseguir mais dinheiro não é? Tem que arranjar uma maneira, um método por assim dizer de fazer algo errado no que seria a coisa mais simples do mundo. Deixar teu irmão mais novo administrando tudo e só sorrir e ser rico. Mas não. Theodore Gianni tinha que inventar mais coisas.
 O filho da puta mais brilhante que conheci tinha que ficar entediado.
 E então, o quê ele fez? Basicamente comprou a fazenda de plantação e metade das ações da fábrica. Lucrou mais com metade da propriedade da família do quê a família com a propriedade inteira.
 Tráfico é assim não é? Você produz os seus próprios produtos. Não paga por eles. E acaba vendendo por 50 cents o maço. Lucra vendendo mais barato. Quem diria?
 E dizem que o crime não compensa.
 Talvez.
 Talvez sim.
 Talvez não.
 Mas te enriquece.
 Onde eu estava mesmo...
 Ah, sim. Não é tão simples!
 Entendam. Tráfico, o "underworld" ou Mercado Negro, não é tão glamouroso assim. Pelo contrário. É deplorável. A vida não se resume em subornar policiais e sair por aí com prostitutas. Não. Você tem que matar muita gente.
 E matar, é uma merda.
 Ninguém quer ser um assassino, mas todos são. Digo, todo mundo que quer ter dinheiro o suficiente para poder se aposentar nesse nosso mundo.
 Claro que tem seus benefícios. Digo, por favor. As regras não se aplicam a nós. Somos quase anarquistas, só que sem ideais.
 No fim, somos mais anarquistas que os anarquistas em si.
 Merda, não da né? Explicar como tudo funciona sem incluir política no meio.
 Odeio política, mas adoro políticos.
 Eu mesmo já criei muitos.

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