Passou a maquiagem com o ritual de um gueixa, se vestiu com o cuidado de uma princesa e saiu por aí fantasiada. Esperando que a encontrasse. Não tinha ninguém no banco da praça, mas ela havia chegado cedo.
A história do livro que lia se desenrolava devagar, o grumete não encontrava o tesouro nunca. E as medidas que os minutos passavam a cidade começava a tomar um pouco de vida, os pastéis fritavam, uma mulher xingava a outra no meio da rua e alguns artistas começavam a tocar. Um chorinho de cavaquinho ganha três reais de esmola enquanto passava a hora do rapaz chegar.
- Acho que eu mereço isso. - Falou para quem quer que quisesse ouvir. Ninguém.
A sorte era o horário de verão, somente por causa disso ela não perdeu o dia inteiro.
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