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Quem dera fosse uma declaração de amor

 Ela era romântica e sem justa forma. Levantava a saia e pisava nas poças feitas pelas mangueiras na prefeitura. Jogava beijo para os homens de terno que lá dentro trabalhavam que ganhavam um momento de alegria nas oito horas de colarinho branco. Tinha um amante lá dentro, um homem importante segundo ela, mas não falava quem era. Me beijava na frente deles e eu dava de ombros e continuava andando, tinha coisas mais importantes para me preocupar que alguma garota desconhecida no meio da rua que namorava o garoto do xerox. 

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