Já passou da uma, coloco meu pijama, desligo o console e começo a fazer o café. Aproveito que meus pais estão viajando e meu irmão dormindo e ligo o rádio. Começa a tocar Evanescence. Olho pela janela da cozinha e admiro o céu negro. Adoço o café com adoçante a lambo os dedos, sorrio com o sabor. Tomo um copo. Encho o segundo e subo as escadas. Não antes de apagar a luz. Essa com certeza é a maior adrenalina da minha madrugada. Subir até o meu quarto, no escuro, com café quente na mão. Rio, lembrando da mesma sensação que tinha quando pequena, quando não podia pisar nos paralelepípedos escuros da calçada. Entrei no meu quarto, fechei a porta e comecei a bebericar o café, sorrindo. Não queria dormir naquela noite. Não sei o que eu faria, re-leria alguma coisa... Assistiria alguma série... Iria tentar me distrair no começo, mas sei que acabaria cedendo e terminaria as quatro da madrugada pensando em você. E sorrindo, provavelmente. Sento na cama e abraço o travesseiro, lembrando de tudo o que passamos... Fizemos... Pois é... Quem disse que nostalgia é ruim?
E após três dias sumidas no colégio, você só a vê te encarando na chuva e com lágrimas no rosto. Mal percebe que é somente ilusão de ótica da chuva.
Comentários
Postar um comentário