- Pra onde vai senhora?
- Tenho cara de senhora para você? - Ela perguntou, dura.
Maurício encarou aquela bela garota que se encontrava em sua frente. Bermuda jeans, regata vermelha, um casaco de moletom aberto. Cabelos loiros curtos e desgrenhados, um par de olheiras se formava por debaixo de seus olhos. Não tinha mais que vinte anos.
- Só tentei ser educado, perdão se a ofendi. - Ele respondeu, murchando a barriga de chopp e tentando arrumar os cabelos.
- O quê um caminhoneiro sabe sobre educação? Se tivesse alguma que preste, teria escolhido um outro emprego.
Maurício calou a boca e se sentou no banco, e pediu um café com leite e um misto-quente, porém continuou encarando discretamente aquela moça. Corpo curvilíneo, mãos delicadas... É... O quê ela estava fazendo lá?
Ele sabia que não era o único a analisar a bela moça, muitos outros o faziam. Escancaradamente. Um mais que todos, um tipo mal-encarado. Sujo, suado, devia estar na estrada desde Minas, pelo chaveiro em sua bermuda. eram mais de três mil quilômetros de aqui até lá.
A moça foi para o banheiro, estava chorando, ele pôde perceber. E o sujeito a seguiu. Maurício deu de ombros e tomou um gole de seu café e começou a conversar com Carmen, a atendente.
- Onde você estava dessa vez? - Ela perguntou, enchendo o seu copo com mais café.
- Fui até Curitiba dessa vez, entregar material de construções.
- Cada dia um novo lugar... Assim que eu tirar a minha licença de motorista, virarei caminhoneira.
Maurício somente riu e terminou seu sanduíche. Ficou lá sentado por alguns momentos, tomando mais café. Aquele era o melhor café que já havia tomado. Quando a garota saiu, chorando e tinha hematomas nos braços. Alguns minutos depois, o sujeito também saiu, rindo.
- Quem é aquela moça?
- Fugiu de casa. Tem 16 anos.
- Ela te disse isso?
- Não né, é óbvio que fugiu de casa. E eu sei que tem 16 porque ela pediu uma garrafa de vodca e eu pedi a ID dela. Vendi a garrafa de qualquer jeito.
- Ela tomou tudo?
- Virou a garrafa.
- Depois disso, lhe disse alguma coisa?
- Nada.
Maurício pagou Carmen e saiu. Na porta se encontrava o sujeito de antes, este lhe deu um aceno com a cabeça. Maurício fez o mesmo e entrou no caminhão.
- Tenho cara de senhora para você? - Ela perguntou, dura.
Maurício encarou aquela bela garota que se encontrava em sua frente. Bermuda jeans, regata vermelha, um casaco de moletom aberto. Cabelos loiros curtos e desgrenhados, um par de olheiras se formava por debaixo de seus olhos. Não tinha mais que vinte anos.
- Só tentei ser educado, perdão se a ofendi. - Ele respondeu, murchando a barriga de chopp e tentando arrumar os cabelos.
- O quê um caminhoneiro sabe sobre educação? Se tivesse alguma que preste, teria escolhido um outro emprego.
Maurício calou a boca e se sentou no banco, e pediu um café com leite e um misto-quente, porém continuou encarando discretamente aquela moça. Corpo curvilíneo, mãos delicadas... É... O quê ela estava fazendo lá?
Ele sabia que não era o único a analisar a bela moça, muitos outros o faziam. Escancaradamente. Um mais que todos, um tipo mal-encarado. Sujo, suado, devia estar na estrada desde Minas, pelo chaveiro em sua bermuda. eram mais de três mil quilômetros de aqui até lá.
A moça foi para o banheiro, estava chorando, ele pôde perceber. E o sujeito a seguiu. Maurício deu de ombros e tomou um gole de seu café e começou a conversar com Carmen, a atendente.
- Onde você estava dessa vez? - Ela perguntou, enchendo o seu copo com mais café.
- Fui até Curitiba dessa vez, entregar material de construções.
- Cada dia um novo lugar... Assim que eu tirar a minha licença de motorista, virarei caminhoneira.
Maurício somente riu e terminou seu sanduíche. Ficou lá sentado por alguns momentos, tomando mais café. Aquele era o melhor café que já havia tomado. Quando a garota saiu, chorando e tinha hematomas nos braços. Alguns minutos depois, o sujeito também saiu, rindo.
- Quem é aquela moça?
- Fugiu de casa. Tem 16 anos.
- Ela te disse isso?
- Não né, é óbvio que fugiu de casa. E eu sei que tem 16 porque ela pediu uma garrafa de vodca e eu pedi a ID dela. Vendi a garrafa de qualquer jeito.
- Ela tomou tudo?
- Virou a garrafa.
- Depois disso, lhe disse alguma coisa?
- Nada.
Maurício pagou Carmen e saiu. Na porta se encontrava o sujeito de antes, este lhe deu um aceno com a cabeça. Maurício fez o mesmo e entrou no caminhão.
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