A chuva caia nos seus ombros. Marisa olhou para cima e acendeu o cigarro. Abriu a jaqueta e arrumou os seios no decote. A periferia estava muito tranquila naquela noite. Em questão de minutos os magnatas chegariam e começariam a procurar por seus serviços. Mordeu os lábios e deu de ombros. Se orgulhava de ser a mais requisitada da região. Um Honda Accord parou na sua frente. Ela sorriu, ajeitou os cabelos lisos e loiros e se aproximou do carro.
- Olá Marisa, quanto tempo.
- Eu que o diga, senhor deputado. Como vai a sua esposa? Continua dormindo com o faxineiro?
- Sempre que pode. Senti a sua falta, querida.
- Querida?! Carlos, você me paga para te dar calor e conforto, não carinho.
- O carinho vem de graça.
Ela olhou para baixo e respirou fundo. Não podia se permitir a se apaixonar por aquele homem.
- O preço aumentou. São setecentos e cinquenta agora.
- Ainda acho que você cobra pouco por tudo que me oferece, querida.
- Pena que você não é o único cliente.
- Entre, vou te levar para conhecer a minha casa.
- Estamos nessa fase do relacionamento já? - Ela riu.
- Frequento suas... Localidades já faz um ano. Acho que está na hora.
Ela deslizou para dentro do carro e respirou fundo. Adorava o contato do couro com a sua pele. Porém não entedia aquele homem. Sabia que ele tinha sentimentos por ela. Mas... Ela era o que era. Uma cortesã. Ele a comparava com Satine, ela não sabia quem ela era. Chamava-a de musa. Ela não sabia o significado dessa palavra. A chamava de mártir. Odiava a sonoridade dessa outra palavra desconhecida. Estava tão perdida nos seus pensamentos sobre esse senhor que nem percebeu que estava deitada no colo dele, sorrindo e acariciando a sua mão. Odiava o fato de ter que ir embora. Odiava o fato de tratá-lo como somente outro cliente. Mas era o que podia.
Permaneceram em silêncio até chegarem em seu destino. Ela vestia o terno dele por cima de sua roupa. Deixou a sua jaqueta no carro. O lugar era impressionante, o bairro era limpo e florido. Nunca tinha estado por aquela região. Ao entrarem na casa, ela se surpreendeu ao encontrar a mulher de seu cliente na sala.
- Jennifer, essa é Marisa.
- Marisa é o nome verdadeiro dela ou o da profissão?
- Da profissão.
- Qual o nome verdadeiro dela?
- Nunca perguntei.
- Qual o seu nome, minha jovem?
Marisa se impressionou com a imponência da mulher que se encontrava em sua frente. Devia ter quarenta ou cinquenta anos, porém aparentava menos. Cabelos castanhos presos, corpo curvilíneo e era intimidadora.
- Mônica.
- Eu gosto mais de Mônica do que Marisa. - Carlos disse.
- Os clientes preferem Marisa. Senhor, se formos fazer em grupo, o preço é maior.
- Não Mônica, seremos somente eu e você. Relaxe.
- Terá a cara de pau de levá-la para a nossa cama? - Jennifer o encarava, indiferente.
- Não foi isso o que você fez com Javier?
- Vá se fuder.
- É a sua função, minha cara esposa.
- Olá Marisa, quanto tempo.
- Eu que o diga, senhor deputado. Como vai a sua esposa? Continua dormindo com o faxineiro?
- Sempre que pode. Senti a sua falta, querida.
- Querida?! Carlos, você me paga para te dar calor e conforto, não carinho.
- O carinho vem de graça.
Ela olhou para baixo e respirou fundo. Não podia se permitir a se apaixonar por aquele homem.
- O preço aumentou. São setecentos e cinquenta agora.
- Ainda acho que você cobra pouco por tudo que me oferece, querida.
- Pena que você não é o único cliente.
- Entre, vou te levar para conhecer a minha casa.
- Estamos nessa fase do relacionamento já? - Ela riu.
- Frequento suas... Localidades já faz um ano. Acho que está na hora.
Ela deslizou para dentro do carro e respirou fundo. Adorava o contato do couro com a sua pele. Porém não entedia aquele homem. Sabia que ele tinha sentimentos por ela. Mas... Ela era o que era. Uma cortesã. Ele a comparava com Satine, ela não sabia quem ela era. Chamava-a de musa. Ela não sabia o significado dessa palavra. A chamava de mártir. Odiava a sonoridade dessa outra palavra desconhecida. Estava tão perdida nos seus pensamentos sobre esse senhor que nem percebeu que estava deitada no colo dele, sorrindo e acariciando a sua mão. Odiava o fato de ter que ir embora. Odiava o fato de tratá-lo como somente outro cliente. Mas era o que podia.
Permaneceram em silêncio até chegarem em seu destino. Ela vestia o terno dele por cima de sua roupa. Deixou a sua jaqueta no carro. O lugar era impressionante, o bairro era limpo e florido. Nunca tinha estado por aquela região. Ao entrarem na casa, ela se surpreendeu ao encontrar a mulher de seu cliente na sala.
- Jennifer, essa é Marisa.
- Marisa é o nome verdadeiro dela ou o da profissão?
- Da profissão.
- Qual o nome verdadeiro dela?
- Nunca perguntei.
- Qual o seu nome, minha jovem?
Marisa se impressionou com a imponência da mulher que se encontrava em sua frente. Devia ter quarenta ou cinquenta anos, porém aparentava menos. Cabelos castanhos presos, corpo curvilíneo e era intimidadora.
- Mônica.
- Eu gosto mais de Mônica do que Marisa. - Carlos disse.
- Os clientes preferem Marisa. Senhor, se formos fazer em grupo, o preço é maior.
- Não Mônica, seremos somente eu e você. Relaxe.
- Terá a cara de pau de levá-la para a nossa cama? - Jennifer o encarava, indiferente.
- Não foi isso o que você fez com Javier?
- Vá se fuder.
- É a sua função, minha cara esposa.
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