- Posso ir então?
- Se quiser...
Depois que digo isso, ela vira de costas e sai pela porta. Começo a arrumar a bagunça. Ligo o aparelho de som e começo a ouvir Metallica. O solo de One não foi o suficiente para me distrair.
Me largo no sofá e tomo um gole de uísque. Me encaro no reflexo da televisão e sorrio. Meu tronco estava arranhado, marcas de mordidas em meu pescoço. Meus pensamentos são interrompidos quando meu celular toca.
- Bernado?
- Sim... - Respondo, virando o copo.
- Sou eu querido, estou indo para casa já.
- Já?! - Me levanto num pulo e procuro pela minha aliança.
- Sim... Na realidade já cheguei, mas dei uma volta enquanto esperava a sua amiguinha ir embora.
- Querida... Desculpa, eu falei que iria parar de trazer garotas sem te avisar, mas...
- Tudo bem amor - Ela caçoa de mim - Também passei a noite com outro, então relaxa. Vai querer o que para comer?
Pela primeira vez na vida, senti ciúmes.
- Como assim, passou a noite com outro? - Pergunto, indo para a porta, ao ouvir o carro dela chegando.
- Simples. Você merece. - Ela entra e me dá um tapa na cara. - Se você não é meu. Eu não sou sua.
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