- Uma bala na cabeça? Sério isso?
- Aham. - Consenti, tomando mais um gole de suco.
- De todas as maneiras que se tem para morrer; veneno, afogamento, eletrocutada, no sono, você vai realmente escolher algo tão clichê e prevísivel quanto uma bala na cabeça? Ok então...
- Me fale a sua morte; que depois eu defenderei a minha.
- Fácil, overdose.
Ri, incrédula. E ele me chama de clichê, viu Pulp Fiction uma vez na vida e se acha o foda agora. Quem sou eu pra julgar?
- Qual o problema? - Ele perguntou, se irritando.
- Por que overdose?
- Para poder ir a loucura, poder fazer, usar, dizer tudo o que eu quero e que a sociedade proíbe. Imagine a cena. - Ele vira o copo. - Você está lá, completamente chapada, rindo, pirando em todos os sentidos da palavra. É um show de fadas, alegria, glitter e unicórnios.
- Unicórnios? - Eu o interrompo, segurando o riso.
- Exatamente, unicórnios. Enfim, e você está lá, completamente aérea, eufórica, em êxtase... e do nada PAM! Ou melhor, não é nem PAM é um simples Tss - Ele faz o gesto de apagar uma vela com os dedos- e você apaga... Não é simples?
Tirei um ou dois segundos para pensar enquanto ainda terminava meu suco. Pedi um copo de Oxicoco puro.
- Querido, morrer de overdose é lindo sim, mas... É que nem eu agora - Levantei meu copo - Tomando suco de oxicoco após acabarmos de assistir Os Infiltrados. É algo que todos esperam. E realmente você se drogaria somente para se matar? Desperdício de dinheiro.
Virei o copo para fazer uma pausa dramática, e com uma careta eu continuei.
- Argh, nem sei porque o Dicaprio toma isso. É horrível e caro pra caramba. Mas continuando; olha, você tem 15 anos, vive isolado dos seus pais, classe alta. Todos esperam que você tenha uma overdose, seus pais provavelmente também. Porém, uma bala na cabeça, não precisa ser clichê. Eu nunca comentei em suícidio. Uma morte por bala na cabeça, pode ser tantas coisas... Uma bala perdida. Assassinato a sangue frio. Vingança. A maneira da morte não sobrejulga a sua história.
- E qual história que você quer que seja da sua morte?
- Porra, eu não quero que tenha história, quero que eu morra e finalmente me deixem em paz.
- Aham. - Consenti, tomando mais um gole de suco.
- De todas as maneiras que se tem para morrer; veneno, afogamento, eletrocutada, no sono, você vai realmente escolher algo tão clichê e prevísivel quanto uma bala na cabeça? Ok então...
- Me fale a sua morte; que depois eu defenderei a minha.
- Fácil, overdose.
Ri, incrédula. E ele me chama de clichê, viu Pulp Fiction uma vez na vida e se acha o foda agora. Quem sou eu pra julgar?
- Qual o problema? - Ele perguntou, se irritando.
- Por que overdose?
- Para poder ir a loucura, poder fazer, usar, dizer tudo o que eu quero e que a sociedade proíbe. Imagine a cena. - Ele vira o copo. - Você está lá, completamente chapada, rindo, pirando em todos os sentidos da palavra. É um show de fadas, alegria, glitter e unicórnios.
- Unicórnios? - Eu o interrompo, segurando o riso.
- Exatamente, unicórnios. Enfim, e você está lá, completamente aérea, eufórica, em êxtase... e do nada PAM! Ou melhor, não é nem PAM é um simples Tss - Ele faz o gesto de apagar uma vela com os dedos- e você apaga... Não é simples?
Tirei um ou dois segundos para pensar enquanto ainda terminava meu suco. Pedi um copo de Oxicoco puro.
- Querido, morrer de overdose é lindo sim, mas... É que nem eu agora - Levantei meu copo - Tomando suco de oxicoco após acabarmos de assistir Os Infiltrados. É algo que todos esperam. E realmente você se drogaria somente para se matar? Desperdício de dinheiro.
Virei o copo para fazer uma pausa dramática, e com uma careta eu continuei.
- Argh, nem sei porque o Dicaprio toma isso. É horrível e caro pra caramba. Mas continuando; olha, você tem 15 anos, vive isolado dos seus pais, classe alta. Todos esperam que você tenha uma overdose, seus pais provavelmente também. Porém, uma bala na cabeça, não precisa ser clichê. Eu nunca comentei em suícidio. Uma morte por bala na cabeça, pode ser tantas coisas... Uma bala perdida. Assassinato a sangue frio. Vingança. A maneira da morte não sobrejulga a sua história.
- E qual história que você quer que seja da sua morte?
- Porra, eu não quero que tenha história, quero que eu morra e finalmente me deixem em paz.
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