Ninguém notaria algo ou alguém se fosse qualquer outro horário ou qualquer outro dia, mas apesar de ser o inicio do anoitecer o trânsito e o movimento já estavam diminuindo e naquela noite de segunda feira Amanda sozinha olhava a avenida. O cozinheiro e o atendente conversavam entre si enquanto jogavam baralho enquanto ela olhava o movimento da porteira (o restaurante era mais alto que a calçada, então tinha um degrau confortável para se estar) e espera o sanduíche ficar pronto, para comer enquanto observa as pessoas passando. Difícil para os senhores que saem do trabalho não notarem os olhos maquiados ou a boca provocando. A garota flertava com quem passava, lutava por romances que logo morriam.
Terminou o sanduíche, pagou os sete reais e saiu a vagar pela rua com as luzes apagadas por causa da tempestade que teve de manhã.
- Oh, oh, oh, oh, oh, you don't have to go-o-o.
Led Zeppelin embala a garota que dança na rua deserta enquanto o semáforo está fechado na mão única. Uma pena que todos sabemos como motoristas curitibanos são.
Um entra pela contra-mão e atropela a garota.
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