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Poesia de guardanapo.

 Em um boteco tentando engolir uma cerveja nem penso em pedir uma marca diferente. Concentrada demais.

"Preciso de ti como garotos irritados precisam de rock 'n' roll"

Que porcaria. O quarto guardanapo amassado com rascunhos atinge o chão do largo da ordem. Desisto e peço uma Malzebier de uma vez, impressionantemente conseguindo engolir a bebida escura. Duas garrafas se vão e pego a caneta de volta. 

"Para você eu dedico todos os poemas de Leminski e todos os elogios de Caetano Veloso"

"Me beije como se fosse a última vez, e farei com que seja somente mais uma de várias"

 E a mulher briga comigo, pego os trinta guardanapos amassados com tentativas de "eu te amo" em uma forma mais bonita e boto na mesa de volta. Somente o timing pra você chegar e perguntar o que é tudo isso. Bêbada, jogo tudo em uma lata de lixo e falo que era besteira. 

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