Queria ter paciência o suficiente para rodar a cidade a pé. Fôlego até que tenho, parando de vez em quando para dormir e tomar um gole de água ou suco de laranja todo mundo aguenta. Mas eu provavelmente iria começar a correr em algumas partes e me cansaria e irritaria, perdendo todo o propósito de uma peregrinagem. Estou longe de ser velha, sou criança ainda, mas uma criança preguiçosa. Me ocupo, arrumo a cozinha, danço sozinha. Pensamento viaja para onde não devia e me reprimo. Falo de ti para o espelho, conto tudo pra ele. Converso com ele, afinal não tem mais ninguém né? Ele me fala para eu ir correr, prefiro andar de bicicleta, mas essa infelizmente foi roubada. Caminhar não tem graça e estou sem fones de ouvido para ouvir música.
Realmente, sou preguiçosa.
Realmente, sou preguiçosa.
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