Por trinta minutos, eu a amei como podia. Os lábios rosados, as pernas dobradas na cadeira da frente dela no ônibus. Por toda uma viagem, ela foi minha.
Olhos insolentes por cima de um livro e as bochechas rosando muito provavelmente de propósito a garota flertava com o homem de meia idade. O velho, cansado, se apaixonava enquanto ela o encarava por cima do ombro, mordendo a boca. Se remexia, sorria. Me mandava beijo e dava tchau, que indecência.
Por meia hora, revivi a adolescência.
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