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Mostre que me ama querida.

 - Vem cá, garota. - Ele estende a mão, mirando a cintura.
 - Não... - Ela se esquiva, num gemido baixo. Dá dois passos para trás. Se sufoca com o cheiro da pinga.
 - Vem cá. - E então ele segura o braço dela. Não da maneira de antes, com aquele carinho e delicadeza. De maneira bruta. Machuca ela.
 O tempo de Marina fechar os olhos e tentar empurrar ele para longe, é o tempo dele empurrar a língua na garganta de sua noiva. O cheiro de pinga, com o sabor e a brutalidade dele, machucam ela. Uma lágrima cai de seus olhos.
 Seus punhos não são o suficiente para empurrar Marcos. Somente para irritá-lo. O amor da vida dela, lhe esbofetei-a na cara.
 Ela não reage. Tentou das primeiras vezes. Resultou em machucados.
 Mais um shorts sendo rasgado, mais ofensas sobre sua roupa, sua personalidade.
 E o inferno começa. O quê foram sete minutos, pareceram horas. Ele deita e dorme. Desmaia, ronca, fede. Mariana faz as malas, fecha elas e toma um banho. Olha para trás, e por dois segundos, vê o homem por quem se apaixonou. Fecha os olhos e se lembra das risadas. Dos beijos. Das vezes que foi amada por aquele homem. Senta na cama e o olha, pensando em o que mudou.
 Liga para a polícia, e chega a conclusão de que, dessa vez, não foi culpa dela.

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