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Porque relacionamentos românticos importam (?)

 - Quem é ela? - A garota perguntou para o amigo, ao vê-lo jogado, bebendo.
 - O quê?
 - Ao julgar pela garrafa você não bebeu o suficiente para estar bêbado, então vou perguntar de novo. - Ela fez uma pausa enquanto sentou-se do lado dele. - Quem é ela?
 - Por que tem que ser uma garota?
 - Somente duas coisas fazem um homem beber sozinho: garotas e morte. E como você não está vestindo preto, quem é ela.
 - Duas palavras: ex-namorada. - Ele disse, oferecendo a garrafa para a amiga.
 - Uma palavra e um prefixo então. - Ela respondeu sorvando quatro goles da vodca barata.
 - Um final, de qualquer jeito.
 - O quê houve?
 - O de sempre. Nos conhecemos, namoramos, ela terminou comigo. E aqui estou eu. Bebendo sozinho. Ou estava pelo menos.
 Ela sorriu amargamente e devolveu a vodca pra ele. Ficaram nesse rodízio por uns três minutos, até então que ela quebra o silêncio.
 - O quê você queria estar fazendo agora?
 - Largado em uma praia deserta, fumando um baseado e com duas garrafas desta aqui. - Ele ergueu a vodca como se houvesse ganho um Oscar. - E sem camisa! - Ele o diz como quem lembra de algo importante.
 - Tire a camisa então.
 Ele tira.
 E ela tira da bolsa um baseado.
 Ele o acende.
 - Agora é só fingir que as goteiras são as ondas de Bombinhas.
 - Pensei que você tinha largado tudo isso... Seu noivo não gosta não é?
 - Um deslize ou outro não mata ninguém. E além do mais, ele é exatamente isso. Meu noivo. Não meu dono. Engraçado você ainda não o ter conhecido...
 - Nunca surgiu oportunidade. E a preguiça falou mais alto.

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