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Todos se sentiram assim. (ou um texto ruim sobre amor platônico)

 Lá está a garota com os seus vinte anos de decepções, sentada no terminal. A chuva gélida começa a cair. Ela se abraça, come mais uma bala e desliga o celular. Duas da manhã. O vento entra por debaixo do moletom e ela começa a tremer.
 O garoto que está do outro lado olha pra ela e começa a roer as unhas de nervosismo. Queria chegar até ela. Abraçá-la. Oferecer seu casaco. Suas mãos quentes. Alguém para abraçar.
 - Qual o seu nome? - Ele diria
 - Roberta.
 Ele fingiria que não sabe. Falaria sobre Three Days Grace, Radiohead e as bandas favoritas dela. Ofereceria um encontro. Beberiam cafe. Ririam. Ele arriscaria um beijo. Nada de carícias lascivas. Ela precisava de abraços e conforto, não sexo e drogas.
 Porém, ele ficou olhando-a. Por uma hora. Até ela ir para o CIC. Então ele voltou para casa. Sorriu entristecido. Pelo menos ela estava segura.

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