Sorriso torto nos lábios, lágrima pendurada no olhar. Não era assim que ela era reconhecida, mas era isso que ela era. Rafaela, a garota com o sorriso quebrado e coração partido. Todos se lembravam do que havia acontecido três anos atrás. Ela acordara no hospital, com os pulsos remendados, a mãe chorando e o pai dando de ombros. Um mês depois, voltou para lá. Mas dessa vez não saiu. Continuava lá, alguns anos depois. Tinha recebido alta. Mas... gostava daquela instituição. Tudo branco, limpo e certo. Todos os dias ela andava pelo jardim, dormia até tarde, fazia exercícios na piscina... Não precisava estudar, não precisava pensar. Nem ser. Só sorrir e olhar para o céu. Era o suficiente.
E após três dias sumidas no colégio, você só a vê te encarando na chuva e com lágrimas no rosto. Mal percebe que é somente ilusão de ótica da chuva.
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