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Relatos da madrugada

 Estavam um de frente para o outro. Ninguém se atrevia a dizer nada, ninguém se atrevia a quebrar o momento. Ela se sentava de pernas cruzadas na bancada da cozinha. Ele somente se apoiava na mesa. Paralela a ela. Ela não conseguia encará-lo nos olhos. Sempre encabulava e olhava para baixo. Ele bebia o café, rindo da situação dela. Uma criança. Tomava leite com achocolatado. Cabelos em uma trança. Quase ingênua. Quase. Ele se aproxima dela, e a beija, desfaz a trança e a acaricia. Ela derruba o leite. Ele a leva para o quarto. E repetem o espetáculo da última noite.

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 - E se terminarmos? Você sabe que tem chance, uns oitenta e oito por cento, eu diria. Digo, eu provavelmente não sou o grande amor da sua vida.  - Então porque estamos juntos? Se tem tanta chance de terminarmos.  - Porque, nesse momento, agora, você é o amor da minha vida. Prefiro viver o presente, não gosto de "e se".

A rosa desabrochada

Apesar de tudo. De todas as mudanças de todos os sutiãs queimados; as mulheres permanecem com a mesma função. Manter um lar. Sorrir quando tudo estiver caindo, engolir as lágrimas e sorrir. Oferecer os ombros para carregar o peso que os homens em toda sua masculinidade e orgulho, se recusam a admitir que não agüentam. Será assim até o fim dos tempos. Os homens lutarão, se armarão, porém as mulheres os manterão. Mesmo que não os homens, mesmo que amem outro, elas continuarão lá. Com ou sem roupas intimas.