Estavam um de frente para o outro. Ninguém se atrevia a dizer nada, ninguém se atrevia a quebrar o momento. Ela se sentava de pernas cruzadas na bancada da cozinha. Ele somente se apoiava na mesa. Paralela a ela. Ela não conseguia encará-lo nos olhos. Sempre encabulava e olhava para baixo. Ele bebia o café, rindo da situação dela. Uma criança. Tomava leite com achocolatado. Cabelos em uma trança. Quase ingênua. Quase. Ele se aproxima dela, e a beija, desfaz a trança e a acaricia. Ela derruba o leite. Ele a leva para o quarto. E repetem o espetáculo da última noite.
E após três dias sumidas no colégio, você só a vê te encarando na chuva e com lágrimas no rosto. Mal percebe que é somente ilusão de ótica da chuva.
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